Oral?

Nas últimas semanas tenho atravessado aquelas que são as batalhas mais duras na vida de qualquer estudante universitário: as tão aclamadas Épocas de Exames. Surgem uma vez de 6 em 6 meses para te relembrar que devias ter estudado mais afincadamente ao longo do semestre ao invés de acumulares as diversas matérias para estudar num único mês.

Ora, na semana passada eu e outros 4 colegas regressávamos a casa depois de mais um árduo exame quando um tema de conversa surgiu: sexo entre casais homossexuais. Geralmente depois de uma semana a estudar para um exame difícil temos tendência a “desanuviar” com este tipo de conversas.

Primeiro falámos de sexo entre dois homens. Ativos para aqui, Passivos para ali. Não vou desenvolver muito mais esse tema. A conversa ganhou interesse quando um colega meu, ingénuo por natureza, nos questionou acerca do sexo lésbico: “Entre duas raparigas tem que ser sempre com um instrumento não é??”. Podia ter-lhe explicado as 1001 maneiras diferentes de sexo entre duas mulheres mas decidi ficar-me por uma resposta mais resumida: “Não necessariamente, há outras formas.” Uma amiga minha acrescentou: “Parece que é com mãos e língua, mas não percebo nada disso!..” E a conversa acabou por ali.

Apercebi-me com aquela questão que o sexo lésbico ainda é um mito para muita gente. Quer rapazes, quer raparigas, tanto heterossexuais como homossexuais. Vou então partilhar um bocadinho do que eu sei, que não é muito nem pouco nem melhor nem pior do que o que vocês todas já sabem.

Basicamente, o segredo é usar e abusar das vantagens que o sexo lésbico oferece: somos mulheres, temos uma mulher à nossa frente, sabemos o que é ser mulher e conhecemos as melhores formas de dar prazer a uma mulher. É certo que cada uma tem os seus gostos e não há duas pessoas iguais na hora do orgasmo. Mas ninguém pode negar que o “trabalho” está facilitado.

Estudos indicam (uau ela trouxe dados científicos para aqui!) que 15 em 100 lésbicas prefere sexo exclusivamente manual. Truques para agradar a parceira neste tipo de sexo: agir conforme aquilo que conhecemos do nosso próprio corpo (daí a importância da masturbação), atentar a todos os sinais de agrado ou desagrado que surjam do outro lado e continuar, ou não, mediante esse feedback. Com a prática, o ideal será atingir um misto de delicadeza selvagem como gosto de lhe chamar, com as doses certas de doçura e avidez.

Os mesmos estudos indicam que 24 em 100 lésbicas preferem o sexo exclusivamente oral. A melhor dica que alguma vez ouvi para este tipo de sexo foi: “Imagina que estás a beijar a boca da tua amada. Não queres língua a mais nem língua a menos, precisas da dose certa de saliva e os dentes são uma arma arriscada mas que, perante uma parceira que os aprecie, podem ter resultados magníficos.” Não esquecer os pontos chave de prazer, que nunca deverão passar impunes.

Por fim (não porque as opções se esgotem mas sim porque o texto já vai longo), o scissoring, apreciado por 23 em 100 lésbicas. Requer perícia, sincronismo e alguma elasticidade, é um facto. É melhor fazê-lo já com alguma dose de excitação em cima e não tanto na fase inicial. Mas é uma das melhores formas de atingir o orgasmo em simultâneo com a parceira e só nós sabemos como isso consegue duplicar o prazer de qualquer bom bocado de sexo.

Enfim, aqui ficaram apenas algumas ideias que me apeteceu partilhar convosco. Sejamos sinceras: a teoria é interessante mas o melhor mesmo é a prática não é? Muita prática. Então, boas práticas para vocês!

Jaff, Lisboa, 10 de fevereiro de 2016

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